quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Mensalidade de crédito do BB

Eu possuía meu cartão Ourocard International por alguns anos, até hoje. Do ano passado, consegui renovar, mas infelizmente pagando a metade da anuidade (isto porque antes era isento, mas após começarem a cobrar o valor integral da anuidade, consegui, entregando meus pontos, em outubro de 2019, um desconto de 50%). De 2 meses para cá, havia me esquecido da finalização dos 12 meses e tornei a ligar neste dia 22/12/21 para ver se obtinha novo desconto. Agora seriam apenas 25%. Retruquei que o valor continuaria alto mais de 22 reais ao mês, menos os 25%, e que se não houvesse contrapartida, que cancelassem o cartão. Ainda perguntei se acionassem o crédito em meu cartão de débito nacional, se seria mais barato. O valor mensal também era alto, apesar de ser menor que o do cartão internacional. Então resolvi por bem encerrar o cartão Ourocard Internacional de crédito, ao que a atendente Vitória acatou meu pedido sob o Código de cancelamento de n 83297210.

Minha reclamação se dá por, num país tão pobre atualmente, em relação à população, enfrentando uma pandemia e com lucros exorbitantes dos bancos, não aceitar retirar cobranças mensais de cartões de créditos, ou dar um desconto mais considerável. O cliente no caso, eu dispende gastos no cartão, e ainda assim tem que pagar uma exorbitância de mais de 200 reais por ano apenas para mantê-lo. E isto vindo de um banco que supostamente seria para a população brasileira, o Banco do Brasil. Concluo, com esta minha reclamação crítica que este banco em específico quer obter lucros a qualquer custo, e pouco se importa com a população e as mazelas atuais, preferindo perder o cliente que utiliza seu cartão de crédito, a dar algum bom desconto a que ele o continue usando, o que é incompreensível às minha lógica. Fico, obviamente, com a manutenção de minha conta corrente e poupança, mas cancelei o cartão de crédito, e com o entendimento de ser um banco péssimo ao cidadão brasileiro, neste quesito, infelizmente.


Resposta da empresa

28/12/2021 às 18:35

Olá, Gazy.

Espero que esteja tudo bem com você!

Gazy, entendo seu questionamento, entretanto a cobrança de anuidade está prevista para a modalidade escolhida como pode ser consultado em www.bb.com.br/ourocard.

Ressalto que a cobrança da anuidade pode, eventualmente, ser flexibilizada conforme regras do programa de relacionamento que recompensa o cliente pelo relacionamento que mantém com o Banco do Brasil, como você mencionou. Nestes casos, os descontos na anuidade não são automáticos, mas poderão ser concedidos caso o cliente tenha média de gastos e/ou pontos do programa suficientes de acordo com a modalidade do cartão que utiliza.

Entendo que tenha optado por cancelar o cartão e vi que não ativou a função crédito da outra modalidade contratada, mas saliento que o BB possui opções de cartões livre de anuidade que podem ser solicitados remotamente. Caso queira conferir, as opções estão disponíveis para consulta, juntamente com as demais características no link a seguir: https://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/voce/produtos-e-servicos/cartoes/todos-os-cartoes#/

Lamento qualquer transtorno e espero que esta questão não comprometa o relacionamento que possui conosco, pois temos muita satisfação em tê-lo como cliente.

Sempre que precisar, conte comigo e com meus colegas através dos canais disponíveis em www.bb.com.br/atendimento.

Um feliz ano novo!

Lorene do SAC BB

Consideração final do consumidor

30/12/2021 às 16:44

O problemna foi resolvido porque cancelei meu cartão. Isso impede que eu pague a taxa absurda anual. Apesar da resposta de Lorene, isto não impede que o BB pudesse conceder mais descontos do que o previsto na anuidade, apesar de sua explicação. Verificarei as modalidades de cartões gratuitos, posteriormente, mas por ora passei a usar o cartão que me foi concedido gratuitamente do banco Bradesco, concorrente do BB. Ao menos devo elogiar a rápida resposta do BB aqui no Reclameaqui. Mas permanece minha crítica com relação à flexibilização inexistente do BB - o que ele faria se a maioria cancelasse por não querer (ou não poder) continuar pagando o absurdo previsto na anuidade? Preferiram mesmo perder o cliente e um valor anual que seria pago por mim, a me dar desconto. Em tempo: não acionei a função crédito da outra modalidade pq o valor também é alto. O BB prercisa rever sua política. O Brasil é um país com salário mínimo de pouco mais de 1000 reais e maioria está dentro dele. Qurem não está, também não nada em dinheiro.

Tintas de cartuchos hp 2376

Reclamação postada ao Reclameaqui: https://www.reclameaqui.com.br/hp/tintas-de-cartuchos-hp-2376_eUBevYu88Pwc-MM7/

É complicado tentar achar e resolver problemas com produtos da HP. Parece fácil, mas alcanço apenas canais com atendente virtual, o que não satisfaz minhas dúvidas e problemas.
Adquiri há pouco mais de 1 ano a impressora deskjet 2376, e os cartuchos que vêm nela, de apenas 2mls. Cada, além de serem insuficientes, mesmo usando pouco, quando o software acusa que falta menos da metade, não imprime. Aconteceu comigo. Usei a máquina adquirida em 01/12/2020 (e recebida em 07/12/2021) apenas até primeira dezena de janeiro. Depois viajei e ao retorno, agora em dezembro de 2021, tentei usar e o cartucho preto, ainda acusando quase a metade, não liberou tinta. Tentei diagnosticar a máquina e cartuchos pelos software da HP e nada adiantou. Adquiri outro cartucho preto agora, e mal o usei, o outro cartucho (colorido) começou a dar falta de tinta e depois acusou menos da metade.
Tudo bem que após usar pouco mais de 1ml (mais da metade) tenha pouca tinta, mas nada imprimir, ainda que avise que haja baixo nível de tintas, é demais.
Assim fiz as atualizações dos softwares e constatei que os níveis de tinta estão ok. Mas o preto não imprime e o vermelho sumiu (vejam anexos).
Críticas:
1-comprar impressoras HP e virem cartuchos atualmente com apenas 2mls de tintas, cada, é tripudiar dos clientes. Daí, quando menos da metade resta, não mais soltar tinta, é pior ainda;
2-softwares, sites etc da HP, mas dificuldade em contactar ainda que pelo chat alguém, também é um péssimo atendimento, disfarçado pelas tecnologias digitais.
HP se mostra péssima como produto integral e péssima como suporte ao cliente.
Uma pena!



Resposta da empresa

24/12/2021 às 12:27

Olá Sra. Gazy
Boa tarde! Tudo bem?

Esperamos que sim e que esteja segura nesse período tão difícil que temos passado.

Sou a Stephany aqui do time de Mídias Sociais da HP, gostaria de lhe posicionar que mediante sua reclamação foi aberto o protocolo 5077902163 onde o agente David tratou com bastante atenção e carinho, realizou testes e identificou a necessidade de realizar a troca dos cartuchos da sua impressora.

Ficamos muito felizes em poder te ajudar da melhor forma possível. :D

Ah quando tiver um tempinho, vem avaliar o atendimento prestado pelo David, sua avaliação é importante para o desenvolvimento dele! É super rápido, prometemos não tomar muito seu tempo e conta muito para nós (são só 3 perguntinhas rápidas).

Caso surja dúvidas, não hesite em nos contatar!

Você também pode acessar uma das opções abaixo, para suporte técnico e outras informações:
Participe da conversa: www.hp.com.br/forum
Visite nosso website: www.hp.com.br/suporte
Fale com a HP: www.hp.com.br/faleconosco
Ou envie um tweet para https://twitter.com/HPSuporte

A Família HP deseja Boas Festas! :)

Consideração final do consumidor

30/12/2021 às 16:57

Rapidamente a HP se poisicviou respondendo ao meu problema, via ReclameAqui, com Stephany. A seguir, ligou-me o agente David que fez alguns testes via telefone em que utilizei o software da impressora para verificar procedimentos dos cartuchos. Também verificou a validade e depois, prontamente, enviou dois novos cartuchos (1 preto e 1 colorido) que recebi hoje devolvendo os anteriores que pararam de funcionar. Neste ponto, após minha reclamação inicial, devo elogiar a pronta assistência da HP pelo agente David. Que a empresa continue assim, no pós-venda, dando credibilidade à marca e confiabilidade que preza para a fidelização do cliente! As outras empresas deveriam proceder de forma similar, a meu ver, embora muitas nem se preocupem com o pós-venda.

domingo, 8 de agosto de 2021

Carrefour escondeu a promoção de compra de 4 itens de chocolates, sendo um gratuito!

 Na loja física do Carrefour, em São Vicente-SP, hoje eu adquiri alguns produtos.

Primeiro, que após minhas reclamações, agora a gôndola de desconto com até 50% tem (quase) todos os preços com descontos (detectei apenas uns 2 itens que não há como saber, pois a etiqueta é branca e também não há o preço normal sem o desconto, visível, como há nos outros produtos). E em alguns, mesmo com etiquetas brancas, há em fontes pequenas, o preço original e em fontes maiores, o preço com desconto, e isto é ótimo. E agora, inclusive, há outra gôndola de descontos apenas com sucos, que também está correta.

Voltando à reclamação atual, de agora, reitero que adquiri várias unidades do chocolate da “Talento” (marca “Garoto”), que estava com descontos, sendo vendidos em todos os sabores, por R$4,29. Pois bem, escolhi vários itens, e de 7 unidades, para economizar, acabei levando 6 unidades (fora ovos e iogurtes).

Ao pagar, surgiu mais um desconto, retirando-se o valor de um chocolate, dos 6 que comprei. Suspeitei que era em cima de 4 unidades, pois é um padrão. Inquiri a atendente da caixa e ela confirmou que quando este desconto aparece, é sobre os 4 itens (o que se comprova na nota fiscal). Falei a ela que não sabia, e que se estivesse esse aviso na gôndola eu teria, então, comprado 8 unidades, já que destas, duas unidades seriam descontadas! Fui à área de atendimento a confirmar, e a atendente também não sabia do desconto, mas confirmou o mesmo, ao ver minha nota fiscal: que o desconto é sobre 4 unidades. Eu retruquei que não havia este aviso nas gôndolas, e isto atrapalha o cliente, no caso, eu, pois se soubesse disso - repeti o que disse à caixa - teria levado 8 unidades e não 6. Então falei a ela qual a atitude que o supermercado tomaria: ela respondeu que iria notificar a área interna para arrumarem isso.  Mais nada!

Não me ofertou a possibilidade de eu comprar mais dois e descontarem um, e nem chamou ninguém para verificar a questão.

Eu concluo que:

1-o Carrefour pode não ter deixado às claras tal desconto, porque já havia aplicado um desconto nos chocolates e não queria que a clientela ainda tivesse mais desconto. Se isso acontecesse – como o foi comigo – seria um ou outro caso, já que muitas pessoas não comprariam 4 ou 8 unidades duma vez e

2-o Carrefour não corrige suas falhas que recaem em prejuízos aos clientes: não demonstrou querer resolver a questão de me contemplar a possibilidade de eu adquirir mais duas unidades, perfazendo 8 (para ter o desconto de mais uma), sendo que a culpa é da loja, por não explicitar claramente o desconto, o que, novamente, fere o CDC, já que nele é imperioso que haja transparência total nos preços e nas ofertas dos produtos.

Vejam aqui, (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm) :

CAPÍTULO III

Dos Direitos Básicos do Consumidor

        Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

       III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;  (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012)

 

Portanto, feriu o princípio da transparência , logo, o princípio da informação (ver mais aqui: https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-61/principio-da-informacao-e-da-transparencia-nas-relacoes-de-consumo-em-telefonia-fixa/

Desta maneira, registro aqui mais uma insatisfação com esta rede, que obnubila informações sobre preços e descontos – desconfio que de propósito, para que não recaiam mais descontos nos produtos – ora, se não quer aplicar o desconto, não o ofereça. O sistema, porém, deixou claro que o desconto existe, conforme comprovação da nota fiscal (em anexo).

Carrefour: chega de tratar a clientela brasileira como estúpida e comece a agir com retidão! Seu nome só vai se tornando cada vez mais conspurcado com tais atitudes!

 


Resumindo: O Carrefour continua ferindo o CDC e tratando os brasileiros como tolos. Nesse país não há fiscalização, e nem multas que façam as firmas respeitarem o CDC! Siobra para nós, "we-the-people" (pesquisem na Internet - tem até versão em HQs sobre isso), a se portar como fiscal, como guardião das leis enormas etc!

Gazy Andraus, 08/08/21

sábado, 31 de julho de 2021

O Carrefour é, provavelmente, a pior rede em atendimento ao consumidor do Brasil (e a loja física de Santos da Av. Conselheiro Nébias, quiçá a pior da baixada Santista)

Eu reclamara (https://www.reclameaqui.com.br/carrefour-loja-fisica/carrefour-sempre-indo-contra-o-cdc-gondolas-de-descontos-sem-descontos_wnHilZ6EG6fyhtK7/)sobre as gôndolas com produtos próximos ao vencimento e que têm estampadas nelas que há descontos de até 50% e já havia reclamado em 2018, e recentemente, em 2021.

Recebi comunicação do Reclameaqui, após minhas assertativas, e me disse o interlocutor que a Rede já havia contactado pra dizer que arrumou os problemas que relatei.
Pois bem, vejamos.
Estive nas 3 lojas grandes da rede Carrefour, entre Santos e São Vicente, litoral de SP, nos dias 25 e 26 de julho de 2021.
Além disso, no mesmo dia 25 constatei o mesmo problema na loja, o qual denunciei em 2018 e re-denunciei recentemente, o qual eram alguns preços sem o desconto na gôndola de descontos. O que conflita com as informações que as lojas deram ao funcionário do Reclameaqui que me notificou na sexta passada que o haviam avisado que os erros estavam consertados mediante minha reclamação última das gôndolas sem desconto do Carrefour.
Na verdade, o mediador do Reclameaqui me disse que comunicou-se com as 3 lojas (duas em Santos-SP e outra em São Vicente-SP), em que os gerentes lhe disseram que já haviam corrigido os erros.
Porém, resolvi visitar as 3 lojas:
1-a do PraiaMar Shopping estava com erros nas gôndolas, em que boa parte ainda não tinha os descontos, ou então tinham os preços em tarja branca sem sabermos se havia ou não descontos aplicados;
2-No da Av. Conselheiro Nébias (a principal de minha reclamação última pelo Reclameaqui), alguns itens não tinham os descontos o que confirmei com uma funcionária que era supervisora (ou alguma função assim). Ela, inclusive, fez questão de me atender mal novamente, como se eu tivesse a culpa de exigir o cumprimento do CDC, Capítulo V, seção I, art. 35:
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade; (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm)
Claramente, a oferta deve ser cumprida, ou que se retire o produto da gôndola de desconto. Ela, aparentemente, contrariada, o fez, retirando as barras de chocolate importadas com os preços cheios da gôndola, mas manteve os pacotes de bolachas acima, só retirando seus preços. Ambos estavam com preços em tarja branca, sem descontos, enquanto outros produtos tinham o desconto nas tarjas amarelas (inclusive adquiri um outro produto deles que estava realmente com desconto).
3-Finalmente, a única loja que estava condizente com o CDC foi a loja de São Vicente-SP, em que haviam notificado o mediador do reclameaqui, pois nesta, todos os produtos da gôndola tinham descontos de até 50%!

Enfim, sintetizo aqui:
-Carrefour, geralmente, não cumpre o CDC;
-Carrefour destrata os clientes como culpados por exigirem que a rede cumpra preços dentro da lei e
-reitera nos erros, quase sempre, dias, semanas e/ou meses depois, já que esta minha reclamação se repete desde 2018!





A empresa que se estabelece no Brasil, tem menos cuidado com as leis e com os consumidores no Brasil, do que redes como Extra ou Pão-de-Acúcar. Eu já reclamara com o extra dos mesmos problemas anteriormente, mas atualmente não há ausência de descontos nas gôndolas, pelo menos, ao que venho presenciando.
Finalizo aqui (mas já adiantando que há outra reclamação que farei sobre o aplicativo Meu Carrefour que tentei instalar no dia 26, e não consegui, tendo solicitado aos funcionários a saber como resolver, para um desconto num produto que só se aplicaria ao final do aplicativo instalado o que não foi possível, prejudicando-me. Só consegui refazê-lo - pela terceira vez mas pelo computador, em minha residência, tendo perdido o desconto do dia!


App Meu Carrefour defeituoso impede compra com desconto

 No dia 25/07/21, tentei instalar o app Meu Carrefour no meu smartfone dentro da loja do Carrefou na Av. Conselheiro Nébias, para adquirir um iogurte de 1kg que descia seu preço a pouco mais de 6 reais se acionado o desconto pelo app “Meu carrefour”. Mas ao final da instalação deu um erro. Tentei várias vezes, mesmo o reinstalando. Solicitei aos funcionários a saber como resolver, para o desconto no produto, mas me confirmaram que sem o aplicativo finalizado, não haveria como (o atendimento também não foi dos melhores). Deram-me um número de telefone, ao qual liguei, mas após certa dificuldade em ser atendido por uma atendente que não fosse um robô, esta também não conseguiu nada resolver. Só consegui refazê-lo - pela terceira vez – mas pelo computador, em minha residência, tendo perdido o desconto do dia!

Prejudicou-me, assim, a Rede Carrefour, ao não me permitir adquirir o produto com o desconto (então, obviamente, recusei-me a comprá-lo). A gerência ou supervisão, sabedora do problema com o aplicativo poderia, naquele momento, aplicar o desconto para mim, mas não cogitaram isto (vi, depois, que o aplicativo tem causado dificuldades, já que constatei reclamações sobre ele também no ReclameAqui ).



Finalizo aqui, reforçando minha tese de que a Rede de supermercados francesa que tem suas lojas no Brasil, não se preocupa muito com a fidelização da clientela, e mesmo com problemas em seus aplicativos e similares, desdenha resolver a questão, naquele momento, de outra maneira.


domingo, 18 de julho de 2021

Carrefour sempre indo contra o CDC-gôndolas de descontos sem descontos!

 Redes de supermercados como Carrefour e Extra incorrem reiteradamente nos mesmos erros: inserem uma gôndola e anunciam produtos próximos à data de vencimento das datas, com até 50% de desconto, mas não aplicam o desconto, demorando para inserirem-no em alguns produtos que ficam à mostra na referida gôndola. Isto vem se repetindo ao longo dos anos, especialmente na Rede Carrefour, desde, por exemplo, quando comecei a reclamar em 2018. Recentemente, de um mês pra cá, nas duas lojas das cidades de Santos-SP e São Vicente-SP, respectivamente, há momentos em que aparecem apenas um ou outro produto com o desconto zebrado, enquanto a maior parte permanece com os preços normais. Isto, além de induzir ao erro na compra pelo consumidor, fere o CDC Código de Defesa do Consumidor, pois se o anúncio dita que há descontos até 50%, não pode não haver desconto algum, pois isto é ludibriar o consumidor.

Veja a foto:



Neste dia 19/07/21, por exemplo, na loja de SV, o creme de leite, por exemplo, estava com preço normal. Chamei uma funcionária que ligou para o encarregado que lhe respondeu que em breve a pessoa que remarca os preços o faria. De toda maneira, embora ela tenha me concedido um desconto de 50% numa unidade do produto, o erro continuou, pois a gôndola estava cheia de produtos sem descontos algum. Pois quando há o desconto, a etiqueta de preços é amarela, e ali todas eram brancas com o valor cheio, ainda, mantendo o erro de sempre, que eu já reclamara anteriormente, muitas vezes (veja aqui uma reclamação de 2018: http://conscienciasesociedades.blogspot.com/2018/).
Então, caro consumidor, isto é um alerta: sempre que for ver gôndolas que têm produtos próximos ao vencimento, procure saber se já estão devidamente etiquetados com o preço de desconto. Se não estiverem, não compre e chame um funcionário para reclamar seu direito!

P.S. Um adendo: claramente no CDC (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078compilado.htm), conforme se lê a seguir, expõe que: “Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha: I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;

Vejam mais sobre esta questão, no meu novo canal do youtube, o "Consciências & Sociedades": https://youtu.be/ev2uIVi58pI 

Minha reclamação (a mesma) no "Reclameaqui": https://www.reclameaqui.com.br/carrefour-loja-fisica/carrefour-sempre-indo-contra-o-cdc-gndolas-de-descontos-sem-descontos_wnHilZ6EG6fyhtK7/ 

Prof. Dr. Gazy Andraus, 19/07/2021



segunda-feira, 7 de junho de 2021

Museu e Gibiteca de Quadrinhos - parte da história das HQB (Histórias em Quadrinhos brasileiras)!

 Em conversa que tive nesta data (via whatsapp) com a Profa. Sonia Luyten, esclareceu-me ela mais sobre o pioneiro Museu de Quadrinhos (mencionado no fanzine Historieta #8*), de caráter inovador como uma gibiteca nacional e anterior mesmo à Gibiteca de Curitiba, a primeira oficialmente física no país, desde 1982. Disse-me ela:

1972 foi quando comecei a dar aulas no primeiro curso regular, universitário de HQ no Brasil e no mundo. Isto é correto. Na época, José Marques de Melo era chefe de departamento. Ele fez uma aquisição de jornais antigos e revistas antigas de HQ de um colecionador. E isto tinha um nome: "Museu da Imprensa Júlio de Mesquita Filho".

A parte das HQs ficou oficialmente comigo. Tinha monitores. Havia muita coisa a ser feita, desde catalogação até conservação. O que estava incorporado ao 'museu' passou a ser independente formando uma Gibiteca desde 1972.”

Luyten confirma que ambas, a gibiteca da ECA-USP e a Gibiteca de Curitiba são pioneiras, sendo a da ECA a primeira como o “Museu de Imprensa” (que teria em sua parte interna de acervo, os quadrinhos), e que obteve sua criação e reconhecido oficialmente pelo conselho universitário da USP em 11 DE AGOSTO DE 1970, enquanto que a de Curitiba foi fundada em 1982.


Ela ainda ressalta que a Gibiteca da ECA ficou sob responsabilidade dela desde 1972 a 1984, quando viajou ao Japão, deixando a cadeira de quadrinhos primeiramente nas mãos de Jal e Gual, e depois ao professor Antonio Luiz Cagnin (que foi aluno da Profa. Luyten), que tomou o cargo por ser professor da ECA-USP.

Segundo o “Blog da Biblioteca da ECA” (https://bibliotecadaeca.wordpress.com/2017/08/21/quadrinhos-na-biblioteca/), a coleção de quadrinhos fez parte do Museu de Imprensa “Julio de Mesquita”, do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA/USP quando depois “foi transferida para a Biblioteca no início da década de 1983, três anos após o Museu ser desativado”. Foi então que, segundo informações no blog referido, criou-se na biblioteca “um setor específico dedicado à catalogação do material e atendimento ao público. A coleção foi aberta à consulta em 1988, mas, infelizmente, a saída de vários profissionais e mudanças na administração da Biblioteca levaram ao fechamento do serviço e a um período de 'exílio' do acervo."

Infelizmente, Sônia confirma a afirmação contida no blog, e segundo ela me relatou, na década de 1980, a chefia de departamento da ECA, com caráter direitista (ainda dentro do período ditatorial), não deu a devida importância ao acervo de jornais e quadrinhos e por questões políticas da época, deixou o acervo largado que acabou tendo parte de seu conteúdo roubado e dilacerado, somente depois tendo uma sala exclusiva e que funciona até hoje dentro da biblioteca da Escola de Comunicações e Artes da USP.

No blog ainda se relata que os quadrinhos não estão cadastrados no banco de dados bibliográficos “Dédalus”, mas pretendem fazê-lo na USP quando obtiverem recursos (esta notícia do blog sobre futuro cadastramento dos quadrinhos foi postada em 2017, durante as 4as. Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos, quando houve uma pequena exposição de HQs).

Gazy Andraus, 07/06/2021

*CASSAL, A. B. Existe Mesmo HQ Nacional (ou é força de expressão?). Historieta. #8. Nov. 1984, Porto Alegre: GEO.

Atualizando: como convidada das 2ª Cyberjornadas de quadrinhos da ECA-USP, Sônia abreo evento com uma palestra em que torna a esclarecer esta questão do pioneirirsmo do Museu de Imprensa (e entao de HQ). Link: https://youtu.be/ooXzN3_n3Ro (atualizado em 28/09/2021)

terça-feira, 18 de maio de 2021

CD Pedras Flutuantes de Ciberpajé (a.k.a. Edgar Franco) e Cell (a.k.a. Célia Mann)

Gazy Andraus[1]


Ciberpajé (Edgar Franco) já se tornou um símbolo da arte nacional underground – ou contracultural (e vai se tornando cada vez mais relevante também no exterior). Na verdade, este termo “udigrudi” ou mesmo “contracultura” já está anacrônico, a meu ver, e carece de novas definições e asserções (ou entendimentos). Talvez esta modernidade líquida de Bauman ou então, algo mais ainda não tornado verbo! Mesmo porque as artes plurimidiáticas (ou transmidiáticas) de Ciberpajé externalizam, via arte, a cultura geral atual com seus questionamentos em todos os âmbitos – desde as situações político-sociais aos estados psicológicos do ente humano!

Por isso, dizer que é contracultural não condiz com a acepção de seu teor, por mais que o termo rivalize-se a uma cultura-padrão pré-estabelecida, principalmente devido aos rápidos fatos que vão se sucedendo aos humanos neste planeta.

Nesta esteira, Ciberpajé vem conquistando lugar em áreas mistas das artes, incluindo a da musical experimental, em que nesta paragem tem desenvolvido cada vez mais duetos, empregando os aforismos. Estes, em sua contraparte existem anteriormente também como HQForismos - histórias em quadrinhos com aforismas - idealizadas por Danielle Barros (IV Sacerdotisa) e Edgar Franco (o Ciberpajé) que cada vez mais espalham-se mais.

Nesta nova edição, intitulada de “Pedras Flutuantes”, ele se junta à musicista Cell que também desenha, pinta e dança, num dueto instrumental-sonoro inusitado!

A associação é explicada aqui:

Cell surpreendeu o Ciberpajé ao escolher um de seus aforismos e musicá-lo livremente com sua voz, criando uma faixa atmosférica e intimista, com melodia marcante e a beleza de seu timbre vocal singular. Ao ouvir a incrível faixa - que é o terceiro aforismo do EP, o Ciberpajé convidou Cell para realizarem mais 2 faixas a partir de aforismos selecionados por ela. O Ciberpajé gravou as vozes dos dois aforismos e Cell criou duas novas músicas com a mesma força e impacto da primeira.(https://ciberpaje.blogspot.com/2021/05/lancamento-ouca-agora-ciberpaje-pedras.html?fbclid=IwAR2tv8Hhs47BYVClhrvPlIH6bFQuz-lcxheW2vpOHPCA4Qqae9o33EIhNBs )

Com relação às 3 faixas, que são curtas, trazem em geral uma atmosfera mais “doce”, mas nem por isso ausentes de tons metafóricos e reflexivos.

Particularmente, apreciei sobremaneira o instrumental introspectivo da faixa I – A Beleza Silenciosa, a qual considero a melhor trilha das três (incluindo a possante narração de Ciberpajé, que é seguida pela voz sussurrante-cantante de Cell)! Mas a faixa aforística II – Exorcizar a crueldade também tem uma lúgubre beleza impressionante. Por fim, a faixa III – Pedras Flutuantes, a primeira realizada, embora a mais curta das trilhas, traz de maneira inusitada a voz de Cell narrando um aforismo de Ciberpajé.

O CD tem pouco mais de cinco minutos, mas exemplifica que é “nos pequenos frascos” que se encontram os mais valorosos “perfumes”. Ou então, já que eu não me guio por tais produções odoríferas humanas, eu diria que é nos pequenos seres (beija-flores, abelhas) que se veem produções da natureza de extrema força e fragrância (como a polinização e o mel)!

Mais um detalhe: Edgar Franco, o Ciberpajé, é conhecido por apreciar sons desde os mais singelos aos mais extremos (do Doom Metal, por exemplo), e em geral, desde o início de sua banda Post Human Tantra, vem concebendo sons atmosféricos e duetos que extravasam seu potencial sonoro. Este CD é o primeiro que vejo integral com uma doçura “pungente”, que não destoa de toda sua produção - ao contrário, ratifica o que afirmei - que Ciberpajé se realoca de um extremo a outro, passando por todas as nuances!

Por fim, Ciberpajé não parou também neste período pandêmico, tendo aliás produzido incessantemente. Na verdade, até agora são 35 EPs e 1 CD, com bandas das cinco regiões brasileiras e do exterior, conforme ele mesmo explana em seu blog.

 

  

Artes do CD. Vale ressaltar que Ciberpajé mantém o espírito que envolvia os LPs, especialmente de rock progressivo como os do Yes: uma arte visual “viajante” que se coaduna com a atmosfera sonora produzida, a levar a mente de quem as absorve, para além do lugar-comum! É a isto que também serve a arte!

 

Para saber mais, ver a capa com as artes internas e letras, na técnica inovadora artística do Ciberpajé, acesse aqui: https://ciberpaje.blogspot.com/2021/05/lancamento-ouca-agora-ciberpaje-pedras.html?fbclid=IwAR2tv8Hhs47BYVClhrvPlIH6bFQuz-lcxheW2vpOHPCA4Qqae9o33EIhNBs .

E aqui pra ouvir e baixar o cd: https://ciberpaje.bandcamp.com/album/pedras-flutuantes. Um detalhe: para ouvir cada faixa, basta clicar nelas, mas para baixá-las (ou o CD), pode-se clicar em “Buy Digital Álbum” comprá-lo no valor de 0 (zero) dólar, pois o sistema Bandcamp o vende a este preço também. Clicando assim, vc o baixa grátis inteiro e zipado.

 

Esta resenha, eu a escrevi inteira sob a audição do CD Pedras Flutuantes!

Boa audição-visual!

 

 Gazy Andraus, 18 de maio2021



[1] Pós-doutorando pelo PPGACV da UFG, Doutor pela ECA-USP, Mestre em Artes Visuais pela UNESP, Pesquisador e membro do Observatório de HQ da USP, Criação e Ciberarte (UFG) e Poéticas Artísticas e Processos de Criação. Também publica artigos e textos no meio acadêmico e em livros acerca das Histórias em Quadrinhos (HQs) e Fanzines, bem como também é autor de HQs e Fanzines na temática fantástico-filosófica. E-mail: yzagandraus@gmail.com; gazyandraus@ufg.br;  http://tesegazy.blogspot.com/

terça-feira, 11 de maio de 2021

HQ "palavramundo"

 

palavramundo

Bruno Alves

Marca de Fantasia

Paraíba - 2021 - 2a edição

Gazy Andraus[1]

 

O mundo é uma escola. Por ela, aprende-se a vida! Estou parafraseando a abertura este álbum de HQ da série Corisco, da prestigiosa editora Marca de Fantasia! O texto que introduz a HQ é "A leitura do mundo precede a leitura da palavra" de Paulo Freire. Estamos numa época em que, no Brasil, grande parte de sua população, mal instruída, crê que Freire era um inimigo-cidadão e comunista. A anacronia de tal pensamento entra em embate frontal com o histórico da vida do pedagogo, que chegou a lecionar no país mais capitalista do mundo, os EUA! A intransigência de parte da população em entender que não compreende verdadeiramente o significado de educação, de ensino, de pedagogia, e mais, que vive num universo anacrônico assombrado por um comunismo que só perpassa suas cabeças, é ruidosamente destrutiva a nosso país.

É assim que, para demonstrar esta desfaçatez, o autor deste quadrinho, Bruno Alves, traz esta arte em sequência extremamente poética.

Sua arte em preto e branco e numa HQ praticamente “muda”, explora a vertente principal freiriana, de que o ensino se dá pela experiência própria, pessoal, singular, e que as palavras a serem aprendidas versam a partir do mundo de quem as aprende!

A arte do autor ainda carece de certo amadurecimento, mas se percebe uma sensível melhora ao se folhear e ler-se a sequência nas páginas, até o final poético e bastante promissor!

Preconceitos hão de se manter, além da existência!

Porém, em contrapartida, trabalhos sensíveis, depurados e extremamente necessários como este “palavramundo” de Alves, existem resilientes, e acima de tudo, pacificadoramente poéticos! Calando os seus detratores que o souberem ler/ver (e neste caso, mais que nunca, pois quase ausente de textos nesta HQ singular).

Uma obra que pode ser usada até na pedagogia para iniciar as leituras de Paulo Freire, com reflexão!

Mais um ponto de construção preponderante à editora Marca de Fantasia em seu editor que não mede esforços em expandir a área do conhecimento e arte, Henrique Magalhães!

Aproveitem: leiam (e/ou baixem) a obra gratuitamente, enquanto o país ainda resiste ao desmantelamento da cultura!

 


Serviço:

ALVES, Bruno. palavramundo. Série Corisco, 12. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2021.  Disponível em: < http://bit.ly/palavramundo > (gratuita)

 



[1] Gazy Andraus é pós-doutorando pelo PPGACV da UFG, Doutor pela ECA-USP, Mestre em Artes Visuais pela UNESP, Pesquisador e membro do Observatório de HQ da USP, Criação e Ciberarte (UFG) e Poéticas Artísticas e Processos de Criação (UFG). Também publica artigos e textos no meio acadêmico e em livros acerca das Histórias em Quadrinhos (HQs) e Fanzines, bem como também é autor de HQs e Fanzines na temática fantástico-filosófica. Contatos: yzagandraus@gmail.com; gazyandraus@ufg.br ;

http://tesegazy.blogspot.com

Livro "CULTURA POP E FILOSOFIA"

 

CULTURA POP E FILOSOFIA

Quadrinhos, Cinema, Seriados, Animações, Internet e afins

Heraldo Aparecido Silva (org.)

2021 - Série Veredas, 49

 

Gazy Andraus[1]

 

Vale a pena conhecerem, baixarem e lerem este novo livro da Marca de Fantasia!

Em 3 partes, seu organizador traz um compêndio rico da cultura pop em vários artigos: na parte 1  com quadrinhos, graphic novels, webcomics, na 2 com filmes, seriados e documentários e na 3 com animações, internet, memes e afins! O livro vem na esteira das atividades do NEFEP – Núcleo de Estudos em Filosofia e Educação e Pragmatismo, vinculado à Universidade Federal do Piauí! Com muitos autores/pesquisadores, uma obra gratuita, conjuminando na importância das instituições públicas trazerem alentos e pesquisas, e uma editora que se preocupa com a ampliação dos saberes disponibilizando o livro em pdf. Isto só reforça o que o país está perdendo em desmontar o acesso público às universidades. No futuro, caso o desmonte não cesse e nem regrida, todos perceberemos o terrível engano que o país tomou ao destruir os símbolos de austeridade e pesquisa que sustentam uma nação, um mundo e vidas!

E poderá ter sido tarde demais!

Ainda assim, está em tempo de prestigiarmos e ampliarmos os saberes. Parabéns ao organizador, autores e editor pela proposta!

 


Serviço:

SILVA, Heraldo Aparecido (org.). Cultura Pop e Filosofia.

Quadrinhos, Cinema, Seriados, Animações, Internet e afins. Série Veredas, 49. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2021.  Disponível em: <https://www.marcadefantasia.com/livros/veredas/culturapopefilosofia/culturapopefilosofia.html> (gratuito)



[1] Gazy Andraus é pós-doutorando pelo PPGACV da UFG, Doutor pela ECA-USP, Mestre em Artes Visuais pela UNESP, Pesquisador e membro do Observatório de HQ da USP, Criação e Ciberarte (UFG) e Poéticas Artísticas e Processos de Criação (UFG). Também publica artigos e textos no meio acadêmico e em livros acerca das Histórias em Quadrinhos (HQs) e Fanzines, bem como também é autor de HQs e Fanzines na temática fantástico-filosófica. Contatos: yzagandraus@gmail.com; gazyandraus@ufg.br ;

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quarta-feira, 14 de abril de 2021

E o navio avança...

Estamos no mundo distópico! Ou até paratópico no sentido invertido: o que é ético e moral não pode ser empregado pelas instituições do “sistema”!

Hoje voltei à carga em luta aguerrida (mas não vencida, espero!) contra a Vivo e agora em menor grau, a TIM!

A primeira, fazendo jus ao epitáfio (“Morto-Vivo”) faz-se de surda ao oferecer um acordo e depois piorar cobrando 3 vezes mais, onde havia um “erro” em cobrança diplicando o valor.  A outra se “engana”, provavelmente, em aumentar o valor de um mês, retomando o outro “normalmente”! Assim, tive que montar as explanações, defesas, justificativas anexando documentos ao investir contra elas enviando tudo à Anatel – último reduto antes de algum processo, que também desencadearia muita dor-de-cabeça. Todos estes acontecimentos me lembram o documentário canadense “Corporação” (The Corporation - https://youtu.be/Zx0f_8FKMrY) em que se explana serem as firmas psicopatas devido à elencagem de muitas de suas características. Assim, os governos, a mim, também o são. Neste caso, estamos aprisionados na fantasia de um mundo “livre”, mas contrariamente, agrilhoado aos ditames das instituições psicopatas, incluindo em primeira instância e diretamente um grande exemplo disso na figura de um ente (doente) presidente deste país! É como parte de um grande sintoma: chegamos a isso porque todos os itens e instituições do mundo (e do país) agem e levam a isso. Noutros países temos seres semelhantes: Venezuela com Maduro-Podres Poderes e Rússia com o eterno Putin (cujo nome já nos remete a um trocadilho-palavrão que nem preciso descrever). E por aí vai. Como diria Fellini “E La nave Va”! E o inferno purgatorial...ou purgatório-infernal nos continua assolando.

Fonte da imagem: abertura do filme em https://youtu.be/Zx0f_8FKMrY


quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

MM-1984 de Orwell-"maravilha"!

 

MM-1984 de Orwell-"maravilha"![1]

 

Gazy Andraus[2]

 

Apreciei este filme!

A diretora Patty Jenkins acertou desta vez, a meu ver, com a personagem criada pelo psicólogo William Moulton Marston, criada como sugestão de sua esposa, à época, como uma heroína para fazer frente aos mascarados-homens, da National Periodicals e All American Publications[3].

Eu lia os gibis da EBAL e até aqueles em que ela deixou de ser a MM durante seu período como Diana, simplesmente.


Fonte:
Fontes: http://guiaebal.com/quemfoi05.html 


Assim, remeteu-me o longa-metragem (de 2h35’!) aos anos 80, lembrando-me um pouco os tipos de roteiros das HQs utilizados para a revista da Mulher Maravilha - mixados, decerto, aos atuais de George Perez talvez, mas dos mais atuais ainda de outros roteiristas que nem conheço - embora me lembre exponencialmente mais dos antigos, que tendiam a um "quê" de mistério e heroísmo mesmo, concernentes à Wonder Woman, incluindo a vilã e referenciais à arqueologia e história antiga.

Vi também referências aos anos 80, sem falar que a narrativa mostra bastante dos museus do Smithsonian, que tive a alegria de conhecer dois dos que são mostrados no filme: o de História Nacional, em que aparece um elefante empalhado e depois, o Aero-espacial. Mas, claro, a história é interessante pois que mostra a questão do desejo e a contrapartida que é tirada a partir de quem deseja e obtém (via um minério especial cujo nome esqueci-me) e há o foco nesta mensagem do desejo humano e o poder (o ator que faz Maxwell configura-se muito bem na película). Há algumas partes um pouco cansativas, mas em geral, o filme é ótimo (com um “quê” também de Superman I e II com Cristopher Reeve, talvez pelo meu saudosismo alicerçado às cenas na cidade, como apareciam nas décadas de 70 e 80).

Ao sair do cinema (sala quase vazia, pois fui segunda à noite), a mulher do casal à minha frente detestou o filme dizendo que era uma grande sessão da tarde. Bem, que há de mal em ser uma sessão da tarde? Mas eu achei superior aos filmes dedicados apenas a mero entretenimento e/ou passatempo, sim (embora seja para isto o filme, claro).

Porém, devo dizer com tudo isso que, após ver o filme e após ouvir a crítica da mulher, penso que há muito dos referenciais de quem assiste um filme (ou este filme, no caso) que possa influenciar no criticismo de quem sorve um filme. Meus referenciais me permitiram fazer rápidas analogias e conexões enquanto assistia, situando minhas reflexões e assim, permitindo-me gozar de mais fatos e informações trazidas pelo filme. Penso que a depender dos referenciais, influencia a que muitas pessoas possam gostar ou desgostar deste filme, em vários graus (e na verdade, de quaisquer filmes, HQs, livros etc). Ainda assim, preferi este que o primeiro da MM, o qual achei apenas quase mediano à época. Este segundo, 1984 (nome também sugestivo que remete ao livro de G. Orwell - mais outra referência, embora a diretora pareça ter dito que a data se relacionaria mais àquele período como uma época incrível na vida das pessoas), eu até assistiria de novo daqui a um tempo, para reviver e amplificar o que vi de referenciais!


Fontes: http://guiaebal.com/quadrinhos06.html


Só penso que perderam uma grande chance de brincarem com a franquia Star Trek! Explico-me: o personagem aviador Steve Trevor é feito pelo mesmo ator que fez o Capitão Kirk da Enterprise na série mais recente do cinema. No museu aeroespacial que aparece no filme existe uma réplica miniatura da Enterprise (como uma maquete), pois podiam tê-lo feito esbarrar na réplica e dizer algo como: "que nave interessante...será que eu saberia pilotar"! Seria uma brincadeira e tanto!

Devo reforçar que, em muitos momentos (principalmente dentro da área de pesquisa do museu, onde os personagens interagiam), frequentemente me remetiam às HQs da DC publicadas pela EBAL, que misturavam (ou intentavam) ciência com Heróis, tanto em gibis de Superman, Batman, como especialmente nas do Flash e Mulher Maravilha (neste caso, misturando aos roteiros, imaginação e criatividade com uso de pseudo-ciência com aura de pesquisa). Apreciei por me remeterem a isto também.

Creio que a diretora Jenkins foi feliz neste filme, e nos presenteou com algo belo, e que pessoas como eu, que tem referenciais mais anteriores, souberam beber nesta fonte e sorvê-la!

Como um adendo: pro pessoal não pensar que eu estou exagerando ou divagando, pontuo ressalvas críticas: como mencionei antes, algumas partes são um pouco cansativas, e a luta dela com a Mulher-Leopardo na cena com a armadura, eu achei razoável e meio forçada para que usasse a armadura, apenas. E a atriz, infelizmente, a todo momento, me vinha a mente que é belicista e de certa maneira, anti-semita, acusando de forma errada (a meu ver) a luta dos palestinos. Assim como eu recrimino o falecido ator Charlton Heston (Ben-Hur e El Cid), um tremendo ator, mas defensor do uso de armas.

Enfim, minha mente sempre divaga nestas todas paragens ao assistir um filme, no caso, este. Ainda assim, mantenho meu foco no filme e nas reminiscências e boa passagem pela minha visualização. Diferentemente, a mim, do que me transmitiu o último Vingadores, filme ambiciosamente nulo e esquecível (pois neste, o referencial que eu tinha, mais o que ele passou na narrativa, pareceu-me empobrecido, embora pleno de tratamentos com efeitos especiais etc)!


A quem queira conhecer e baixar as duas fases da Mulher-Maravilha (incluindo quando deixa de sê-lo e se denomina simplesmente de Diana), podem encontrar aqui:

- Diana (formato americano pela EBAL): http://guiaebal.com/quemfoi05.html

- Mulher Maravilha (em formatinho pela EBAL): http://guiaebal.com/quadrinhos06.html

- Live com Dani Marinho: “Mulher-Maravilha: feminismo e representatividade na cultura pop” - https://youtu.be/ixGC18_uykE


Gazy Andraus, 21/01/2021 

Um adendo - após reassistir o filme, confirmo meu apreço por ele, aglutinando aqui mais alguns pontos à reflexão: há mais elementos outros aglutinados aos anteriores por mim citados, que vi no filme, nesta segunda vez, e que me confirmaram meu apreço por ele. Só não consigo me lembrar exatamente quais. Pelo menos, um ponto é interessante: a DC tem mania de por sempre, ao final, uma luta dos heróis com algo monstruoso, e desta vez isso não aconteceu, ainda bem. 
Lembrei-me de um ponto que me reverberou: na HQ dos X-Men contra os Z-Noxx, desenhada por Neal Adams na década de 1970, no final, eles vencem os extraterrestres com a energia conectada a todo ente humano: energia de fé, esperança e amor, direcionada pelo professor X. O MM 1984 me lembrou isto tb ao final. 
Gostei, então, das mensagens: a questão dos desejos sendo realizados a todos, que causam distúrbios no equilíbrio do sistema do planeta e, claro, a ética e reprodução de conceitos a mim atinentes, não só à década de 70, mas mantidos em minha verve. Com relação à questão dos desejos, lembro do doc muito criticado "O Segredo" que justamente era uma espécie de "auto-ajuda" falaciosa que tendia a esta questão de que qualquer desejo pode ser realizado. O filme me recordou esta questão e, inadvertidamente, pôs em xeque isto (que eu conhecia por leituras sobre física quântica e outras na linha esotérica etc). Pronto, consegui me lembrar de mais alguns pontos. E, sim, finalizando, tem a ver com as HQs da década de 1970, como eu mesmo lembrei da dos X-Men e da própria DC na época! (02/02/2021)

[1] Após assistir o filme no dia 18/01/2021, veio-me um desejo de escrever algo sobre. Porém, em meio a trabalheira na pesquisa de minha pós, acabei por fazê-lo agora, impulsionado por ter tido um diálogo no facebook com a pesquisadora Dani Marino. É a partir das minhas reflexões no facebook ao responder a ela as razões de eu ter gostado do filme, que resgatei minhas respostas e as reconstruói aqui como um texto).

[2] Gazy Andraus é pós-doutorando pelo PPGACV da UFG, Doutor pela ECA-USP, Mestre em Artes Visuais pela UNESP, Pesquisador e membro do Observatório de HQ da USP, Criação e Ciberarte (UFG) e Poéticas Artísticas e Processos de Criação. Também publica artigos e textos no meio acadêmico e em livros acerca das Histórias em Quadrinhos (HQs) e Fanzines, bem como também é autor de HQs e Fanzines na temática fantástico-filosófica. Contatos: yzagandraus@gmail.com; gazyandraus@ufg.br; http://tesegazy.blogspot.com