terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Lendo na ordem correta os dois textos abaixo continuados.

Para uma melhor leitura dos dois textos continuados  leiam primeiro o "Catástrofe de Santa Maria" que vem logo abaixo do "Catástrofe de Santa Maria-1". Grato.

Catástrofe de Santa Maria-1



E agora o outro texto do prof. Jaime Paulino. Mas, por favor, tenham em mente que a maneira como trata a questão, por um viés espiritual (sem pré-conceitos) prima por uma visão pessoal que muitos compartilham – eu também – de que somos uma família universal, e apesar de haver um embate entre ciência e religião, eu não vejo isso como uma divisão, e sim, uma falta de conhecimento principalmente com bases da física quântica. Para isso, sugiro a quem interessar que leia Fritjof Capra pelo livro “Tao da Física” ou mesmo Amit Goswami pelo livro “A Física da Alma”.
Esclarecido isso, leiam a mensagem de Paulino e sintam a emanação de amor que vem de suas palavras (o que chega a equivaler em informação poética à poesia de Ruy).

Professor Ruy, bom dia.

Obrigado pela reflexão e nesta hora de dor para muitas famílias me atrevo também a fazer uma breve reflexão, pois somos da família dos habitantes da Terra.



Acredito na minha singela reflexão que dançar, cantar só ou em grupos faz parte da manifestação Divina dentro de nós, para expressar alegria e gratidão pela vida, as plantas ao ulular dos ventos movendo seus galhos e suas folhas cada uma produzindo seus sons diferentes, os pássaros quando cantam e dançam para o acasalamento, os peixes nos rios e no mar, principalmente a dança dos golfinhos, e os homens nas manifestações religiosas, relembrando os judeus, os mulçumanos, os africanos, os índios nos diferentes momentos etc.

Não podemos deixar de lembrar que essas manifestações Divinas ocorrem nos recintos abertos e em perfeito equilíbrio, e quando ocorrem em equilíbrio podem até receber a graça Divina de transformar água em vinho e a festa continuar, pois Deus é tudo, inclusive alegria, beleza e Amor, como o senhor costuma dizer, prof. Ruy.

O Jovem dos tempos de hoje está desfocado da sua essência, recebe todas as informações necessárias em família ou nas escolas que o tornam muitas vezes um verdadeiro gigante intelectual, mas um bebê  no caminho espiritual por isso não consegue perceber em que recinto está, não percebe as conseqüências dos produtos que ingere e consome, ele está em busca da alegria e da felicidade mas como um ser desligado do seu ponto de luz, muito longe da verdadeira essência.

Ele precisa perceber como o senhor diz: " No mais dentro" a consciência crística que está em todos nós, que habita nosso ser e foi para isso que ele veio, para mostrar a partir do seu nascimento que toda criança a partir do seu, daquela data também, recebeu a consciência Divina: o CRISTO, a verdadeira iluminação. Ele precisa descobrir também que  o templo do silêncio é a casa do poder.  O SILÊNCIO É PODER.  Sem isso ele estará buscando sempre o externo, o barulho e o barulho é difuso enquanto o poder concentrado é o silêncio.

Nossas escolas, desde a mais tenra idade nos ensinam para o externo, nos agigantam, mas esquecem que o gigante sem Deus pode ser derrotado por um pedregulho no centro da testa e se torna um mortal indefeso. E como dizia Paulo de Tarso "Quando sou fraco sou forte e quando sou forte sou fraco”...

Quem sabe, quando todos nós aprendermos o verdadeiro caminho possamos tornar os acidentes evitáveis pela atitude mental apropriada, pelo OM SANTI !!

Pela PAZ

Resta-nos agora orar pelas famílias e pelos que foram para amenizar o sofrimento, arrependimentos culpas e outros que tenham sido gerados no campo energético.

Grande e fraterno abraço, professor Ruy.

Jaime Paulino

Catástrofe de Santa Maria



Com os eventos atuais que nos assaltaram, especialmente esse da morte de mais de duas centenas de jovens no sul do Brasil e que repercutiu o mundo, resolvi inserir no meu blog dois textos que não são de minha autoria. Um é poético do professor Ruy Cezar do Espírito Santo, educador à frente do Grupo INTERESPE – Interdisciplinaridade e Espiritualidade na Educação, do qual faço parte como pesquisador, e outro que postarei a seguir, uma reflexão do prof. Jaime Paulino, também do Interespe (http://www.pucsp.br/interespe/). Ambos enfocam, à sua maneira, algo que passa incólume das milhares de reflexões e ponderações e manifestos que assolam o país nesse momento: de que há uma maneira estranha de o jovem ver seus momentos de lazer: dentro de um local fechado, escuro, barulhento e em companhia de bebidas e outras. Parece que quando há um momento ao lazer, obrigatoriamente o divertimento deva ser só esse: um evento ensandecido em que as pessoas balançam seus corpos aos sons insanos como se quisessem perder suas consciências. Em realidade, penso que é isso mesmo o que querem no fundo, devido a um ritmo de vida autofágico que criamos em que o objetivo-mór é a obtenção de dinheiro para uma sensação de estabilidade...só que ao custo da mente criativa ser solapada. E por isso, nesses momentos “livres” os jovens precisam e pensam que querem lugares assim, já que não têm desenvolvidas outras maneiras em nossas sociedades patológicas. Com pesquisa e relato de pessoas com sinestesia desenvolvida além da normalidade, há um caso em que uma mulher com tal proficiência não atura ficar muito tempo nestas boates (ou discotecas), pois como tem a sinestesia aguçada, em que lhe faz converter os sons em imagens, ela vê quadrados pretos e pesados nesses lugares devido ao som grave. Isso afeta sobremaneira sua mente que pede uma saída do local o mais rapidamente possível (para mais detalhes assistam parte desse documentário com ela aqui: http://www.youtube.com/watch?v=UQZRg_kVL34, mais especificamente nos 5 minutos do vídeo ela fala dos sons graves e como lhe afetam). Ou seja, se todos tivéssemos tal desenvolvimento veríamos o quanto de mal nos faz locais e sons desmesurados dessa maneira. O próprio som do escapamento solto de uma motocicleta em alto movimento pode, inclusive, causar um sentimento de ódio em quem o escuta, pois é como se o som extremado desferisse um golpe de corte no cérebro, tal qual uma lâmina o faria no corpo.
Assim, quais as razões reais dessa catástrofe em que mais de 200 jovens morreram e outra centena está ferida? A falta de saída de incêndio? O fogo causado pela pirotecnia inconseqüente? As autoridades por terem dado livre alvará sem critério? Ou algo mais além, como foco principal, a partir de uma vida ensandecida em que os jovens não podem atuar sua mente criativa,  como mencionei acima?
Por isso, é minha intenção nesse blog co-partilhar meu interesse nos desígnios da vida, com relação à consciência humana e o que temos feito de nós e do mundo.
Aqui vai o texto poético do Prof. Ruy para reflexão cartesiano-criativa (pois seu texto por estar em forma poética ativa um pouco mais nosso hemisfério direito cerebral do que se lemos apenas textos racionais cartesianos):

Santa Maria!
O que pode nos dizer a verdadeira Santa Maria
Sobre a tragédia de ontem?
Pessoas “trancadas” num espaço sem portas de saída...
Será que a grande mensagem não é um alerta para tantas “baladas”?
Tantos jovens “exprimidos” em espaços semelhantes ao da tragédia de ontem?
O Ser Humano precisa “acordar”...
Saber “o que está fazendo” e não simplesmente “fazer o que os outros fazem”...
Espero que o acidente conscientize nossos jovens de forma especial...
A verdadeira “alegria” está muito distante das drogas...
Das “baladas”...
Na verdade está “no mais dentro” daqueles que verdadeiramente “acordam”
Para a beleza e a profundidade de si mesmos!
Se uma rosa ou orquídea são de suprema beleza que dirá de um Ser Humano?
O mistério da realização de nossa beleza está no desafio da liberdade que vivenciamos...
Precisamos “querer” realizar tal beleza presente “no mais dentro” de cada um de nós...
Assim teremos a música, a poesia, o acolhimento do Outro, o Cuidar da Natureza...
Nada de “mal” nas diversões, porém há que “sabermos” o que estamos fazendo...
Vamos aprofundar com Santa Maria o sentido profundo da Vida...
E o quanto precisamos cuidar de nós mesmos e de nosso entorno!
Até Sempre! Ruy