quinta-feira, 19 de março de 2020

Pré-projeto de Reforma da Situação Política e de seus ganhos (homéricos). Pré-lançando minhas idéias.


Em meio a essa fase do coronavirus (covid-19), quero por em pauta outra questão a se registrar neste meu blogzine. Leia quem sentir vontade (e\ou estiver em casa ou de quarentena).

Na nossa política brasileira, um deputado ou senador ganha um salário médio bruto de uns 35 mil reais, adicionados à verba de gabinete estratosférica que soma mais de 160 mil reais, isto tudo no absurdo fato de sê-lo MENSAL! Um brasileiro mediano nasce, vive e morre e jamais verá um valor em sua toda vida que chegue ao montante mensal de um desses políticos desgraçados. E que nem precisam ter formação alguma (vide Tiririca) bastando serem eleitos pelos votos (e muitos nem o são, mas entram de cabresto, num sistema errado que deveria já ter sido modificado faz tempo).

Estas aberrações são o primeiro e mais necessário e urgente pedido de reforma na política que JAMAIS será feita por eles. Nós é que deveríamos criar um projeto, fazê-lo ser votado pela maioria da população da nação brasileira, empurrá-lo goela abaixo da câmara de deputados e senado a fim de que fosse votado e passasse a fazer parte como cláusula pétrea da Constituição Federal, e que ainda adicionaria nele: extinção da imunidade parlamentar, salário máximo aos políticos equivalente a 10 vezes um salário mínimo, aumento do salário deles na mesma data e proporção do que é aplicado ao salário mínimo nacional, extinção de todos os auxílios de verba de gabinete ou então, o equivalente a dois salários mínimos no máximo e nada mais de cota de gabinete mensal, sem auxílios outros quaisquer que sejam, incluindo um limite de gasto com saúde pública (dentes do Feliciano que custariam mais de 100 mil seriam caso de prisão e devolução imediata do valor pelo parlamentar) etc etc. Na mesma etapa ou numa segunda, diminuição progressiva de senadores e deputados federais e estaduais a partir de um estudo do número mínimo necessário. Só a partir destas reformas, as outras que abarcariam as que são atinentes a toda a população deveriam ser postas em curso de forma lúcida e pensada. Enquanto nada disso for feito no Brasil, estes mal exemplos assombram a psique do brasileiro (ainda que ele nem se aperceba disso) tornando-o mirrado e contrário a qualquer e saudável reforma necessária que ribombe em seu ser e suas contas.

Mas fica aqui meu "lançamento" do que pretendo fazer quando "idoso" for...ou talvez antes.

E isso é só um trechinho da problemática.
Não posso me furtar a noticiar algo que vem oprimindo minha alma há décadas, como a absurda regalia que se dá à nossa política nacional (lembrando que foram votados e nem precisam lapidar nada em si próprios, sendo que muitos nem sabem escrever ou ler).

Eis um trecho do link que pus acima:

"Verba destinada à contratação de pessoal: o valor, que hoje é de R$ 106.866,59 por mês, destina-se à contratação de até 25 secretários parlamentares (cuja lotação pode ser no gabinete ou no estado do deputado), que ocupam cargos comissionados de livre provimento. A remuneração do secretariado deve ficar entre R$ 980,98 e R$ 15.022,32.
Auxílio-moradia: R$ 4.253, concedidos aos parlamentares que não moram em residências funcionais em Brasília.
Despesas com saúde: os deputados têm atendimento no Departamento Médico da Câmara (Demed) e podem pedir reembolso para despesas médico-hospitalares realizadas fora do Demed. Deputados em exercício do mandato e seus familiares que podem ser incluídos como dependentes no Imposto de Renda têm direito de utilizar o departamento.
Fonte: Agência Câmara de Notícias"
Notem que, neste descalabro, um só político ganha por mês, repito, o absurdo de mais de R$160.000,00!!!!!

Estou pondo às claras que o sistema de ganho deles tem que mudar e não pouco, mas muito, para fazer frente e coerência ao que é um salário mínimo brasileiro. Aqui nem é mais caso de distorção, mas de uma aberração inaceitável!

Meu foco sempre foi este. Eu tenho este projeto que vou tentar por em pauta ao (e se) me aposentar, um dia (ou talvez antes). Para mim, o país não funcionará jamais sem, primeiro, esta modificação. Então, deixo aqui como principal discussão, pois nada mais me interessaria reformar primeiro, pois a meu ver, esta é a principal e pivô que deve ser alterada, ou o Brasil jamais será da sociedade brasileira, e sim, refém da sociedade particularizada política.

Ademais, esta mudança que apregoo, também contribuiria para o lastro de verba que sobraria mais para aplicações ao país, estimularia o cidadão médio que veria que estaria mais perto do político (influência da psique, e encorajaria todos a trabalharem juntos). Vou parar aqui, nesta discussão, mas larguei o facho do que pretendo fazer futuramente. Repito, nosso país, a meu ver, não muda enquanto não percebermos o absurdo do ganho deles que nada tem a ver com o que deveria sê-lo.

3 comentários:

  1. Aqui neste outro texto meu tem mais sobre isso, e um deputado chamado Cleitinho que também defende algo similar à minha proposta: http://conscienciasesociedades.blogspot.com/2020/02/a-tal-da-reforma-politica-que-nunca.html

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  2. Costumo comentar que político deveria ganhar salário mínimo e só poderia utilizar serviços públicos: andar aPenas de transporte público, utilizar apenas o SUS para atendimento médico, filhos deveriam obrigatoriamente estudar em escolas públicas... Se fosse assim, num piscar de olhos teríamos serviços públicos de excelência, não tenha dúvida.

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    1. É verdade. O embate será conseguirmos reverter a situação de reis que eles levam. Mas tentaremos!

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