sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Ainda a questão do cinto de segurança nos ônibus de viagem

Não sou o único a crer que a lei do cinto de segurança é mal feita. Na verdade, ela é bem feita, e soube hoje assistindo um programa da TV da Justiça que o Contram foi quem alterou a lei depois, permitindo estranhamente que os ônibus que fossem fabricados antes de 1999 não precisassem inserir os cintos. O programa que assisti questionava isso e em Minas Gerais estão tentando uma MPF para anular essa resolução, no mínimo estranha, do Contram (para não falar em suspeita).

MPF quer anular resolução do Contran sobre uso de cinto de segurança em ônibus
Para o procurador da República, norma que obriga apenas os ônibus e micro-ônibus fabricados após 1º de janeiro de 1999 a utilizar os equipamentos de segurança é fajuta, pois atende interesses econômicos das empresas. Ele defende que todos os veículos sejam obrigados a utilizar o dispositivo de segurança”

Reflitamos um pouco mais com o autor do artigo acima:

“Na verdade, eles estabeleceram uma invenção e extrapolaram os limites da lei, indo além do que nela foi estabelecido. Coitado do passageiro que viajar em um veículo que foi fabricado antes de 1998 e que se envolve em um acidente”, afirmou o procurador.

Para ele, a norma pode ter sido estabelecida por uma pressão das empresas. “É um questão de interesse econômico das empresas de despenderem dinheiro na manutenção dos veículos. A única justificativa que eu consigo extrair desta invenção é de poupar as empresas de um custo adicional”, comenta. (João Henrique do Vale
Publicação: 27/11/2012 18:13 Atualização: 27/11/2012 18:54)

Como se vê, é um país com muito ainda a se consertar. E a se precaver contra esses absurdos em que um órgão – Contram – em vez de resolver uma questão prioritária de segurança dos passageiros, mostra-se mancomunado e conivente com o abuso de liberdade para um lucro maior das empresas de ônibus, em detrimento da vida humana!

Para finalizar essa, reclamo que todo carro brasileiro, desde o mais simples e barato, já deveria vir obrigatoriamente com o airbag (eu soube que desde 2009 as montadoras teriam 5 anos para colocar o airbag em todo carro...não sei se isso ainda está valendo).

E que órgãos como esse do Contram sejam reavaliados quanto a uma fiscalização do que ocorre lá dentro já que é muito suspeito criarem um atenuante permissível numa lei que prevê segurança nas viagens.

Enfim, reitero que passou da hora de fazermos algo pela vida do cidadão e cidadã brasileiros.

Sem comentários:

Enviar um comentário