domingo, 10 de janeiro de 2021

RESENHA DE HOMO ETERNUS de G. Andraus

 

RESENHA DE HOMO ETERNUS – Volume III

por Larissa Dias (Analista na empresa Scientia Consultoria Científica e Psicoterapeuta e Orientadora Profissional na empresa Larissa Dias - https://www.facebook.com/profile.php?id=100009061540478)



No volume III, “O Esvanecimento” traz a imagem linda da transformação deste homem, rumo ao eterno! A consciência da nossa ferida realmente faz com que possamos não apenas curar a nós, mas consequentemente curar a muitos. Talvez essa obra toda seja isso: perceber como o ser humano pode ser mais do que é e fazer com que outros possam se questionar sobre os limites do seu pensamento e sobre a sua própria filosofia de vida.

 


Na história “Surge e Desce” senti essa necessidade de viver aquilo que se apresenta à sua frente. Como creio que não é por acaso que essa obra ou qualquer outra chegue às minhas mãos: ali sempre haverá uma lição a ser aprendida e a ser repassada, como uma gota que executa o efeito gradiente em um lago calmo.

 


Em “Eu e Ele” a afirmação do Livro do Mortos já acalentou meu coração, porque acredito que todo o trabalho que os egípcios tinham para decorar o livro já os fazia evoluir para onde precisariam. Na história, esse embate, a luta contra si mesmo que leva ao triste empate, mas que o faz ouvir essa voz desse espírito delicado que traz a mensagem de evolução para ambos, é uma necessidade. E em um natural processo evolutivo, a compreensão e a união fazem parte de um resultado ideal, mas que sem luta talvez não ocorresse. E diante disto, podem ir rumo ao infinito e à tão esperada vida eterna!

 


Na “Quadratura” gostei muito desse processo do 4, que Jung traz tão sabiamente em sua teoria, como na dos tipos psicológicos: a junção do percentual que temos dos 4 tipos é o que nos faz completos! E o dois se torna 4 para integrar-se ao todo, ao Tudo.

 


Na história do “O Fim do Fio” vi uma genialidade na beleza das imagens e na forma como elas continuam nas páginas seguintes, mostrando o fio da vida e nosso caminhar por ele, nossos processos e o fato de parecer sempre estarmos “por um fio”, embora muitas vezes a gente esqueça disso. Talvez somente nos lembrando da morte é que consigamos viver plenamente, e como diria Gurdjieff: precisamos sempre na nossa vida nos lembrar de que vamos morrer e isso é preciso nunca esquecer!

 


E a última história, “Faces” traz a exclusão daquilo que é diferente, que a todos deve parecer errado, quando na verdade é apenas uma outra forma de ver as coisas, muitas vezes uma que estamos precisando. Isso ocorreu com deuses antigos que viraram demônios e ocorre com pessoas reais que, transformadas nesses mesmos demônios, são marginalizadas e expulsas de algum “paraíso”. Bem, se o diferente precisa ser expulso da ordem social, talvez muitos de nós devamos almejar sua própria expulsão, porque não há liberdade maior do que não ter nada a perder. Assim, pode-se realizar sua missão sem arrependimentos e sem amarras. Então, vamos colher as flores da nossa liberdade!



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