Após fazer as críticas no meu
post anterior (e que enviei antes ao Reclameaqui), voltei a visitar o
supermercado Extra nessa terça do dia 06/01/15, para poder tirar as fotos e
quiçá adquirir alguns dos produtos que não pude comprar com os descontos no dia
05, já que precisariam ser reetiquetados ou inseridos no sistema. Encontrei o
macarrão (vide foto 1) finalmente com seu preço reduzido mostrado
(no dia anterior eu não sabia quanto custaria), e alguns outros.
Foto 1 - tirada por G. Andraus no referido supermercado |
Porém, o leite
ainda não estava zebrado. Resolvi comprar então o macarrão e o cereal Allbran.
No caixa, o cereal passou com preço reduzido, porém maior do que se apresentava
na gôndola (R$5,99). Disse para a funcionária que prontamente retirou o
excedente. Ao final, solicitei finalmente o gerente para lhe falar desses
problemas (bem como outra gôndola que estava com produtos gelados em preços
promocionais. O gerente, Gerson Santos (creio que o nome dele era esse mesmo) –
justiça seja feita – me atendeu rápida e cordialmente e aceitou me acompanhar
até as prateleiras. Concordou comigo acerca dos preços terem que estar já na
prateleira, e me explicou a falha e dificuldade que estavam tendo em
reetiquetar o preço do cereal. Chamou uma funcionária e alertou-a que os leites
e alguns outros produtos deveriam ser retirados de volta ao estoque até o dia
que o preço reduzido finalmente fosse inserido e ofereceu vender-me quantos eu
quisesse por um valor de R$1,75 (o leite ainda estava com o a R$2,29, acusado
no leitor de preços). Aceitei e adquiri um litro enquanto um casal de idosos
escutava o diálogo e nos perguntou se poderiam também levar o leite a esse
preço (já que não havia o valor ali, como eu dissera). Tanto eu como o gerente
informamos que sim, que bastaria eles lembrarem que foi a gerência que
redefiniu o preço, ao caixa no ato do pagamento. E assim foi: encaminhei-me
para pagar o leite, e na saída tornei a cumprimentar o gerente, pois que
entendeu a visão do cliente e a importância de se respeitar o CDC. Ele me disse
algo que me fez refletir melhor porque nosso país é tão escabroso em todas as
questões e a população é tão espezinhada: os funcionários da loja não pensavam
ser inadequado levar produtos próximos ao vencimento na prateleira para serem
vendidos, antes de a reetiquetagem com os menores preços ser inserida no
sistema. Isso para eles era o normal, segundo a constatação minha (e do
gerente) mas como eu lhe reiterei, é errado pois se rivaliza com o que está
escrito na prateleira “Preços Reduzidos” (como ele mesmo mostrou à funcionária
como justificativa e resposta a ela quando esta questionou-lhe que não havia
problema em se ofertar o produto ali, antes da reetiquetagem). Assim, refleti
que, precisamente, a população não reflete que ela mesma é quem se engana e se
insurge contra a lei: no caso, funcionários do supermercado não se
conscientizavam de que eles mesmos poderiam, sendo clientes em potencial, serem
prejudicados em outros lugares, se o mesmo viessem a presenciar: preços não
afixados e desrespeitando o CDC já que antagonizando os cartazes de valores
reduzidos! Ou seja, a educação é pífia, e realmente não os faz serem agentes
que refletem! Ainda imaginei uma disciplina que pudesse ser inserida em escolas
com o título “Direitos e deveres do cidadão”, mas lembrei-me logo que o sistema
cartesiano iria pasteurizar a disciplina e novamente não haveria educação
verdadeira. Ademais, boa parte das pessoas, ou não finaliza a escola, ou faz o
EJA (Educação para Jovens e Adultos), mas numa idade e período em que trabalham,
dicotomicamente sem necessariamente terem tempo e vontade para pensarem
realmente nas aulas – coadunado também ao aleijado sistema cartesiano de
informações bancárias, como criticava Paulo Freire. Desta feita, é por isso que
a maioria dos brasileiros desconhece seus direitos, não os pleiteia, e mais
ainda, age contra si mesmo, conforme relatei nesse caso. À exceção do gerente,
que se portou bem informado e com boa reflexão (mas que finalmente iria retirar
os produtos mediante minha reclamação, pois antes, enquanto ninguém reclamasse,
não lhe chegaria aos olhos e ouvidos a incongruência que aqui narrei e expus
dos produtos serem colocados em gôndolas para serem de valores reduzidos, sem
porém, terem tais preços aplicados!).
Dessa maneira, encerro aqui esse
texto com tais reflexões a todos nós: que país, aliás, que mundo é esse em que
não somos educados para refletir, e sim, para agirmos como autômatos nos
amputando sem percebermo-nos?
Pensemos...e ajamos!
Prof. Dr. Gazy Andraus, 07/01/15
(P.S.: ao sair e despedir-me do gerente, tornei a avisá-lo que retirasse os produtos
e verificasse também outros na prateleira dos alimentos refrigerados - vide foto 2 - que igualmente havia
alguns sem preços. Ele, solícito, prometeu-me que lidaria com todas essas questões,
e acredito que sim, devido a seu pronto e correto atendimento).
Foto 2 tirada por G. Andraus, idem. |
Resposta do Extra pelo Reclameaqui: Olá, Gasy
ResponderEliminarAgradecemos a sinalização e a oportunidade de prestar o devido atendimento.
Lamentamos o transtorno ocorrido em sua visita às lojas, o fato apontado, não corresponde aos padrões de atendimento que o Grupo Pão de Açúcar oferece aos seus clientes.
Em atenção ao seu contato informamos que assim que tomamos conhecimento de sua reclamação, acionamos as gerências das lojas em questão para verificação e providências de melhorias.
Atenciosamente,
Ailson Martins
Casa do Cliente- Extra
Comprei 75 telhas na hora de retirar não tinha nenhuma em estoque. Anunciou foi feito em encarte Anunciou o qual tenho guardados comigo. Mas gerente falou que não poderia fazer nada apenas cancelar venda. Detalhe venda foi feita em cartão 10 x. O que devo fazer? Quais meus direitos?
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