terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Retorno ao Supermercado extra e as gôndolas de promoção (agora com promoção)

Após fazer as críticas no meu post anterior (e que enviei antes ao Reclameaqui), voltei a visitar o supermercado Extra nessa terça do dia 06/01/15, para poder tirar as fotos e quiçá adquirir alguns dos produtos que não pude comprar com os descontos no dia 05, já que precisariam ser reetiquetados ou inseridos no sistema. Encontrei o macarrão (vide foto 1) finalmente com seu preço reduzido mostrado (no dia anterior eu não sabia quanto custaria), e alguns outros. 
Foto 1 - tirada por G. Andraus no referido supermercado
Porém, o leite ainda não estava zebrado. Resolvi comprar então o macarrão e o cereal Allbran. No caixa, o cereal passou com preço reduzido, porém maior do que se apresentava na gôndola (R$5,99). Disse para a funcionária que prontamente retirou o excedente. Ao final, solicitei finalmente o gerente para lhe falar desses problemas (bem como outra gôndola que estava com produtos gelados em preços promocionais. O gerente, Gerson Santos (creio que o nome dele era esse mesmo) – justiça seja feita – me atendeu rápida e cordialmente e aceitou me acompanhar até as prateleiras. Concordou comigo acerca dos preços terem que estar já na prateleira, e me explicou a falha e dificuldade que estavam tendo em reetiquetar o preço do cereal. Chamou uma funcionária e alertou-a que os leites e alguns outros produtos deveriam ser retirados de volta ao estoque até o dia que o preço reduzido finalmente fosse inserido e ofereceu vender-me quantos eu quisesse por um valor de R$1,75 (o leite ainda estava com o a R$2,29, acusado no leitor de preços). Aceitei e adquiri um litro enquanto um casal de idosos escutava o diálogo e nos perguntou se poderiam também levar o leite a esse preço (já que não havia o valor ali, como eu dissera). Tanto eu como o gerente informamos que sim, que bastaria eles lembrarem que foi a gerência que redefiniu o preço, ao caixa no ato do pagamento. E assim foi: encaminhei-me para pagar o leite, e na saída tornei a cumprimentar o gerente, pois que entendeu a visão do cliente e a importância de se respeitar o CDC. Ele me disse algo que me fez refletir melhor porque nosso país é tão escabroso em todas as questões e a população é tão espezinhada: os funcionários da loja não pensavam ser inadequado levar produtos próximos ao vencimento na prateleira para serem vendidos, antes de a reetiquetagem com os menores preços ser inserida no sistema. Isso para eles era o normal, segundo a constatação minha (e do gerente) mas como eu lhe reiterei, é errado pois se rivaliza com o que está escrito na prateleira “Preços Reduzidos” (como ele mesmo mostrou à funcionária como justificativa e resposta a ela quando esta questionou-lhe que não havia problema em se ofertar o produto ali, antes da reetiquetagem). Assim, refleti que, precisamente, a população não reflete que ela mesma é quem se engana e se insurge contra a lei: no caso, funcionários do supermercado não se conscientizavam de que eles mesmos poderiam, sendo clientes em potencial, serem prejudicados em outros lugares, se o mesmo viessem a presenciar: preços não afixados e desrespeitando o CDC já que antagonizando os cartazes de valores reduzidos! Ou seja, a educação é pífia, e realmente não os faz serem agentes que refletem! Ainda imaginei uma disciplina que pudesse ser inserida em escolas com o título “Direitos e deveres do cidadão”, mas lembrei-me logo que o sistema cartesiano iria pasteurizar a disciplina e novamente não haveria educação verdadeira. Ademais, boa parte das pessoas, ou não finaliza a escola, ou faz o EJA (Educação para Jovens e Adultos), mas numa idade e período em que trabalham, dicotomicamente sem necessariamente terem tempo e vontade para pensarem realmente nas aulas – coadunado também ao aleijado sistema cartesiano de informações bancárias, como criticava Paulo Freire. Desta feita, é por isso que a maioria dos brasileiros desconhece seus direitos, não os pleiteia, e mais ainda, age contra si mesmo, conforme relatei nesse caso. À exceção do gerente, que se portou bem informado e com boa reflexão (mas que finalmente iria retirar os produtos mediante minha reclamação, pois antes, enquanto ninguém reclamasse, não lhe chegaria aos olhos e ouvidos a incongruência que aqui narrei e expus dos produtos serem colocados em gôndolas para serem de valores reduzidos, sem porém, terem tais preços aplicados!).
Dessa maneira, encerro aqui esse texto com tais reflexões a todos nós: que país, aliás, que mundo é esse em que não somos educados para refletir, e sim, para agirmos como autômatos nos amputando sem percebermo-nos?
Pensemos...e ajamos!

Prof. Dr. Gazy Andraus, 07/01/15 (P.S.: ao sair e despedir-me do gerente, tornei a avisá-lo que retirasse os produtos e verificasse também outros na prateleira dos alimentos refrigerados  - vide foto 2 - que igualmente havia alguns sem preços. Ele, solícito, prometeu-me que lidaria com todas essas questões, e acredito que sim, devido a seu pronto e correto atendimento).
Foto 2 tirada por G. Andraus, idem.

2 comentários:

  1. Resposta do Extra pelo Reclameaqui: Olá, Gasy

    Agradecemos a sinalização e a oportunidade de prestar o devido atendimento.
    Lamentamos o transtorno ocorrido em sua visita às lojas, o fato apontado, não corresponde aos padrões de atendimento que o Grupo Pão de Açúcar oferece aos seus clientes.
    Em atenção ao seu contato informamos que assim que tomamos conhecimento de sua reclamação, acionamos as gerências das lojas em questão para verificação e providências de melhorias.

    Atenciosamente,
    Ailson Martins
    Casa do Cliente- Extra

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  2. Comprei 75 telhas na hora de retirar não tinha nenhuma em estoque. Anunciou foi feito em encarte Anunciou o qual tenho guardados comigo. Mas gerente falou que não poderia fazer nada apenas cancelar venda. Detalhe venda foi feita em cartão 10 x. O que devo fazer? Quais meus direitos?

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