Fui à feira e voltei. Não há
feira hoje devido à eleição. Mas no caminho todo vi os tais “santinhos” ao chão.
Quando retornei, direcionei-me à escola em que voto, e o chão estava acarpetado
desses mini-volantes a “auxiliar” (contra a lei, diga-se) que o transeunte indeciso
ou esquecido pegasse qualquer um e votasse, como último recurso do maquiavélico
e famigerado processo eleitoral.
Voltei da feira com uma idéia fixa
que já tinha em mente há tempos, mas mais seguro ainda disso: anular, a todo
custo, e com muito gosto! Anulei meus votos, como disse, insurgindo-me contra
esse processo eleitoral todo, o qual vejo como uma incrível farsa engendrada. E
constatei que dessa vez a máquina eleitoral está diferente: assim que se
dispara o número zero e sigo repetindo-o, as palavras “voto nulo” surgem
imediatamente piscando até que acabem os quadrinhos em que os preencho de
zeros. Daí confirmo e está anulado meu voto. No caso, procedo igual por duas
vezes e anulo vereador e prefeito. Das eleições anteriores, lembro-me que a máquina
não trazia este aviso de anulação, e sim, de voto incorreto, o que parecia
induzir ao eleitor que o “consertasse” votando em alguém de algum modo. Isso,
ao que vejo, foi uma evolução em relação a antes. Mas para que fique claro, o
ideal, a meu ver, é a não obrigatoriedade à votação e também a inserção do botão
de voto nulo ao lado do de branco. Na saída, tiro uma foto do chão encoberto
desses papeizinhos (vide a imagem), e reconfirmo o absurdo: em nome do voto, a
sujeira e a ação impune contra a lei, sujando a rua e desperdiçando matéria
prima. Votar em pessoas assim? Sem escrúpulos e consciência? Eu seria inconseqüente
e contra meus ideários se assim agisse.
Enfim, agora findo este adendo.
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