domingo, 7 de outubro de 2012

Moro na cidade-lixo eleitoral! (adendo)



Fui à feira e voltei. Não há feira hoje devido à eleição. Mas no caminho todo vi os tais “santinhos” ao chão. Quando retornei, direcionei-me à escola em que voto, e o chão estava acarpetado desses mini-volantes a “auxiliar” (contra a lei, diga-se) que o transeunte indeciso ou esquecido pegasse qualquer um e votasse, como último recurso do maquiavélico e famigerado processo eleitoral.
Voltei da feira com uma idéia fixa que já tinha em mente há tempos, mas mais seguro ainda disso: anular, a todo custo, e com muito gosto! Anulei meus votos, como disse, insurgindo-me contra esse processo eleitoral todo, o qual vejo como uma incrível farsa engendrada. E constatei que dessa vez a máquina eleitoral está diferente: assim que se dispara o número zero e sigo repetindo-o, as palavras “voto nulo” surgem imediatamente piscando até que acabem os quadrinhos em que os preencho de zeros. Daí confirmo e está anulado meu voto. No caso, procedo igual por duas vezes e anulo vereador e prefeito. Das eleições anteriores, lembro-me que a máquina não trazia este aviso de anulação, e sim, de voto incorreto, o que parecia induzir ao eleitor que o “consertasse” votando em alguém de algum modo. Isso, ao que vejo, foi uma evolução em relação a antes. Mas para que fique claro, o ideal, a meu ver, é a não obrigatoriedade à votação e também a inserção do botão de voto nulo ao lado do de branco. Na saída, tiro uma foto do chão encoberto desses papeizinhos (vide a imagem), e reconfirmo o absurdo: em nome do voto, a sujeira e a ação impune contra a lei, sujando a rua e desperdiçando matéria prima. Votar em pessoas assim? Sem escrúpulos e consciência? Eu seria inconseqüente e contra meus ideários se assim agisse.

Enfim, agora findo este adendo.

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